quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Cmas. /o/


Just to say merry christmas to all. =]

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Just listen, they play my song.


Muitos anos passaram desde que eu tinha 11 anos (precisamente: oito anos e dez meses),mas eu ainda me lembro de ir na escola ou em outros lugares com a minha tia favorita, escutando o duplo “S&M” de uma banda chamada Metallica. Quem não conhece essa banda? Bem, foi a primeira banda de metal que eu conheci e, bem, eles mudaram minha vida. And my memory remains.

Alguns fãs mais antigos podem dizer que o “S&M” é uma merda, que não é o antigo Metallica, mas eu amo esse cd. Tocou meu coração para eu nunca mais esquecer. Um dia, eu percebi que tentava cantar as músicas no carro; outro dia, eu percebi que tinha o cd da minha tia em mãos para escutá-lo por vontade própria. E bem, eu ainda não sei descrever o que sinto quando ouço a voz de James Hetfield cantando, suas risadas durante as músicas, as guitarras... as letras.

Muitos anos passaram e a minha lista de bandas favoritas é infinita, mas eles ainda estão no topo – com outras bandas, devo confessar, mas eles ainda estão lá. E sempre estarão. E a razão para falar tudo isso é que eu peguei velhos CDs e fitas (sim, eu ainda tenho fitas! Sou tão vintage!), e o DVD com clipes lançados de 1984 a 2004. E claro, o vício me atacou e eu não paro de escutar agora.

Metallica foi my friend of misery, eu tenho um urso de pelúcia chamado James que usa uma jaqueta preta e munhequeiras nos “pulsos” e que costumava estar comigo until sleep. Metallica esteve comigo quando St. Anger bateu na minha porta, já foi minha fuel, e the hero of the day. E estará comigo wherever I may roam.

Metallica foi o começo, o meio, o sempre.

Liv.

sábado, 29 de novembro de 2008

Porque choro.

Choro porque sou uma rosa frágil na neve - mesmo que o calor de Teresina faça essa afirmação parecer absurda. Choro porque me importo; não consigo ser indiferente. Preciso das pessoas, de afeto, de acarinho de atenção. Porque trago no peito um coração que bate de verdade, que não se aguenta de indignação com o mundo.

Choro porque não consigo lidar com a morte. Choro em catástrofes, por parentes, por desconhecidos que morrem todos os dias. Choro por crianças, velhos, mas não por adultos. Os adultos são maus. Fazem a gente chorar.

Choro quando não vejo algum amigo há séculos. Choro quando vejo pessoas queridas. Choro quando ouço Bon Jovi. E Sonata Arctica. Quandos também são porquês.

Choro. Choro quando não tenho lágrimas. Choro quando as tenho. Choro por msn, por carta, por email, por orkut. Choro como se tivesse sete anos, mesmo tendo vinte. Choro contando até dez para não chorar. Choro mesmo que achem isso uma doença.

Ombros, travesseiros, peitos, pernas, ônibus, bancos. Companheiros de choro. Multidões, pessoa, paredes. Expect-atores.

E quem disse que chorar não resolve é um louco! O sol sempre vem depois da chuva. As idéias sempre vêm depois do choro, mesmo que a gente nunca queira ver e prefica continuar chorando.

Natasha/Tereza

domingo, 23 de novembro de 2008




Porque me calo.

Calo porque sinto que minhas palavras nada podem acrescentar. Gosto que tua voz me toque de longe, em minha ausência. Gosto da sensação macia de cada palavra que sai da sua boca e me toca como se fosse um beijinho. E é tão engraçado como as palavras saem da sua boca. Algumas macias como afagos e outras tão secas como verbetes de uma enciclopédia.

Calo porque gosto do teu sorriso cheio de dentes grandes e bonitos. E tua gargalhada parece ecoar por toda a sala. Me faz querer rir também e gargalhar até engasgar, mas mesmo assim calo.

Calo porque ninguém quer ouvir coisas interessantes. Ninguém quer ouvir aquilo que deve ser ouvido. É muito mais fácil ser fofinha, meiguinha, amado. Calo, calo, calo.

Calo porque desaprendi a falar com todo esse engessamento positivista kelseniano! Calo porque só é possível filosofar em alemão e fazer rock em inglês! Calo porque minha palavra parece ser o abraço.

Abraço...É coisa de gente carente! Abraços de graça, abraços de graça. Abraça e cala. Não há nada pra ser dito num abraço. Nada com metáforas que perderam seu troquel. Respirações e batidas do coração falam por si. A pele fala por si.

Mas nem tudo pode ser transmitido por um abraço. Não dá pra abraçar todo mundo. E nesse sentimento de não abraçar o mundo, mais uma vez, calo.

Natasha

sábado, 15 de novembro de 2008

Eu não sou Sabina.


O amor pode nascer de uma metáfora. Você sabe disso. E mesmo assim você usou uma comparação - metáfora pobre - para falar de nós. Disse que sentia a admiração que Franz sentiu por Sabina quando ela foi embora. Franz não sentia admiração por Sabina. Franz amava Sabina. Você me amava, me fez acreditar nisso e até hoje é difícil olhar pra você sem me sentir desconfortável.

Mas eu não sou Sabina. Você, sim, é Franz. Você é o típico intelectual. Você é atraente. Aparentemente forte, mas fraco. Vive numa relação super estranha com sua namorada, que tal qual Marie-Claude, é como se fosse sua mãe. Você não se sente mais tão bem como ela, mas sente que precisa protegê-la, que precisa prover, ser o homem da relação. Mas você é só um menino. Você só precisava de alguém pra te tirar dessa situação, mas eu não soube ser essa pessoa. Eu não sou Sabina.

Eu sou Teresa. Eu sou frágil. Eu sou fraca. Preciso de cuidados, de carinho. Eu sinto ciúmes, me machuco, me apego. Eu choro. Eu tenho sonhos estranhos e pavorosos que não me deixam dormir de noite. Eu sou insegura. Ando com livros de baixo do braço. Faço parte da sociedade secreta do livro. Eu me apaixono pela pessoa errada.

Como eu poderia te tirar dessa situação? Como? Se eu sou igual a você. Sou seu alter-ego fugidio, ao menos em parte. Agora eu entendo. Franz e Teresa nunca dariam certo. Mas eu queria ter sido Sabina pra te ajudar a se libertar, a cortar teu cordão umbilical. Você precisa ter sua própria vida. Escolher os móveis de sua casa. Fazer sexo com alguma aluna sem se apegar. Você precisava ter me amado pra sempre. Mas eu não sou Sabina.

Não sou forte com precisava. Não sou desapegada e despretenciosa. Não sou artista. Não tenho um chapéu coco. Não sou mulher, sou menina.

Essas são minhas últimas palavras pra você. Seu altar já não existe mais. E eu não sei nada de você. Teresa não conhece Franz, e é difícil agir como se não te conhecesse. Espero algum dia esbarrar contigo e derrubar teus livros no chão, ou que tua bolsa rasgue bem no meio - macumba na bolsa.

"Find the words and talk to me. This could be heaven"

Natasha/Teresa

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Desespero.

- "Waves Of Despair", Regina Lafay

Chega assim, sem avisar. Agonia o coração. Sufoca. Faz o corpo se contorcer, a respiração acelerar, desperta a vontade de gritar.

O grito não sai; ecoa dentro da mente. Sai pelos olhos secos, transforma-se em lágrimas. Elas correm alucinadas pela pele do rosto, vêm com um gemido de dor, chegam aos lábios trêmulos... e esse movimento se repete. E se repete por incontável pranto até então se fazer o silêncio.

A inércia se apodera dos membros, as últimas lágrimas percorrem preguiçosamente o trajeto, como se estivesse tristes por terem sido deixadas para trás.

O desespero transforma-se em apática tristeza: daquele que quer gritar, mas não tem fôlego; daquele que quer chorar, mas que já não sente. A tristeza envolve o corpo, a alma, aquieta o desespero, diz baixinho "Conforma-te".

A tristeza fica. Calma. Muda. Vazia.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Happy Halloween!


Halloween em Teresina.
Nada de fantasiados macabros batendo de porta em porta, nada de "doce ou travessura?", nada de feriado. E sinceramente, às vezes eu me pergunto por que não? Sério. Não parece tão divertido fazer isso; as pessoas rindo e brincando com algo que deveria ser mórbido? Eu sempre quis bater na porta dos outros. Eu sempre quis perguntar "doce ou atrevessura?". Eu sempre quis ter o costume de me fantasiar bizarramente.

Mas aqui - talvez não só em Teresina, mas no Brasil -, eu tenho até medo do que fariam com uma criança fantasiada batendo numa porta de alguém pedindo doces. Uma pena que não temos que esse costume... Ele parece o máximo.

Bem, pelo menos existe muita gente que queria ter um feriado Halloween, e que tem dinheiro pra dar festa temática. E tem muita gente que tem dinheiro para ir à essas festas. Pena que fantasia aqui seja tão cara... Bem, olhando pelo lado positivo, isso faz com que as pessoas inventem. Uma festa com pessoas vestidas de acelerador de partículas, Juma (da novela Pantanal) versão 2008 e um Edward mãos-de-tesoura? É nessas horas que vemos como criatividade é uma coisa muito bela mesmo.

Ainda assim, comerciantes em geral, abaixem o preço das fantasias! Pessoas em geral, façam mais festas! Alguém aí aceita participar do movimento "Também queremos um folclore com Halloween"?

Bjusmeligaemedizsequerdoceoutravessura! Liv

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Juicy Couture.

Ok. Faz milhões de anos que ninguém atualiza isso aqui, e então, vou aproveitar que eu tô na vibe blog e fazer isso. Não, eu não tenho nada de especial para escrever aqui realmente. Nenhuma matéria, nenhum texto tirado do passado. Na verdade, eu quero apenas postar umas fotos de uma campanha de uma marca que eu achei realmente muito legal.

Eu sou viciada em procurar fotos de modelos, todo mundo sabe disso. E ultimamente eu estou viciada em procurar fotos de um modelo em particular, chamado Jonathan Kroppmann (que eu adicionei no myspace e foi super simpático comigo *morre*). Ele fez umas fotos para uma marca chamada Juicy Couture e isso fez com que eu visse as fotos da campanha toda. Sério, a proposta da marca é realmente legal.

Amor platônico à parte, aqui estão as fotos.



That's why I love him.

Enjoy it! Bjusmeliga!
Liv.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Outra sugestão.

Esse foi um dos livros que eu terminei de ler não faz muito tempo e já estou com vontade de reler. Sinceramente, Anne Rice é a minha escritora favorita. Mas eu só conhecia seus livros das crônicas vampirescas, o que já é suficiente para se apaixonar pela escrita dela. Mas a sugestão é outra. "Chore para o Céu" é um livro escrito em 1982, entre o lançamento dos livros "Entrevista com o Vampiro" (1976) e "O Vampiro Lestat" (1985). Mas, esse livro não tem nada a respeito de vampiros ou bruxas. É um livro que conta a história de Tonio Treschi, numa Itália do século XVIII onde os castrati dominavam a Europa.

O começo do livro pode parecer meio chato, meio confuso, mas é necessário para que a trama se firme. E quando ela se firma, é quase impossível parar de ler. Impossível também é não se apaixonar por Tonio - que me lembra muito o Armand mortal com sua petulância - e seus dilemas. Ele era um nobre garoto veneziano de 15 anos que vê-se obrigado a se tornar homem para assumir sua posição de "homem da família" no lugar de seu pai. Apaixonado pela música, ele se reunia a músicos de rua para cantar nas madugradas. Mas Tonio tem que enfrentar uma reviravolta no seu destino: ele é castrado. Sua voz é eternizada, porém não pode mais assumir o lugar como chefe da família Treschi. E durante todo o livro, Tonio sofre dos dilemas que essa maldição/dádiva trouxe para sua vida.

Como não poderia deixar de ser, Anne, com suas descrições perfeitas, parece ter vivido naquele tempo. Eu me senti como se vivesse a vida dos personagens do livro. Impossível não se apegar à eles. Você odeia, ama, e chora ao mesmo tempo que Tonio. Simplesmente incrível. Leiam.


Livia.

domingo, 29 de junho de 2008

E.... vamos relaxar.



Lá estava eu e a Natasha: na frente do Centro de Budismo Tibetano de Teresina. Eu tinha uma entrevista marcada para as 15h30min com a coordenadora de lá, a Eliane Pacheco, e a Natasha quase implorou para ir junto comigo. A primeira sensação de paz veio com a própria localização do lugar: próximo ao Zoobotânico. Lá chegava a ser frio.

De qualquer forma, a Eliane tinha saído e a empregada que nos atendeu disse que era para esperarmos no local onde as atividades do Centro aconteciam. Uma surpresa no caminho: havia dois pavões lindos e enormes lá. Eu puxei a câmera para tirar fotos.

Deixando os pavões de lado, a gente passou pelo portão que separava a casa da Eliane – provavelmente – do Centro mesmo. Tirei mais fotos da fachada. Subimos as escadas para o andar superior e, depois de tirarmos os tênis, entramos.

Fiquei boquiaberta. Minha surpresa e a da Natasha indicavam que não esperávamos aquilo. Era tudo muito organizado, muito vermelho, muito dourado e muito laranja. Eu me fiz a pergunta: O que eu esperava? Na verdade, eu não tinha muitas expectativas. Pensei achar algo sem graça, um local com algumas coisinhas e nada mais. Não sei bem o porquê. Mas de qualquer forma, o que achei lá dentro me surpreendeu.

Imagens de Buda espalhado pelas paredes, um altar ricamente decorado. E tudo organizado e colorido. O local não é grandioso, mas eu imaginava algo pior. Talvez uma sala com algumas almofadas espalhadas no chão, com uma parede com um ou dois quadros, uma mesa com estatuetas representando Buda. Estupidez minha ter pensado isso, admito.

Passamos um bom tempo até a hora em que alguém chegou. E não era a Eliane. Era um homem e ele trazia um aparelho de som e um livro. E quando eu olhei para a hora: 16h. Ia começar a meditação, e nada da Eliane chegar. Bem, não havia problema. Eu tinha ido lá e a Natasha também para ver todas as atividades do dia (eram só três, na verdade) e claro que participamos da meditação (ou pelo menos, tentamos) e em seguida, embora não tenhamos discutido, ouvimos de bom grado a leitura de um capítulo de um livro budista que eles já estavam trabalhando há algum tempo.

Foi nessa hora que a Eliane chegou. Na verdade, eu não sabia que era ela, mas suspeitei. Bem, depois o Paulo (que havia conduzido a meditação) confirmou que era ela. E quando acabou a leitura, eu fui conversar com ela.

A entrevista foi muito agradável. Eliane era muito simpática. Muito mesmo. Adorei conversar com ela, e depois a Natasha me disse que adorou também. Na verdade, todo mundo ali passava uma clama e serenidade sem tamanho. E eu não esperava nada menos de quem segue a filosofia budista.

Enquanto a entrevista rolava, pessoas chegavam para a próxima atividade, a “Prática da Tara Vermelha”, que serve, de acordo com a Eliane, para a desobstrução de obstáculos. Orações e mantras dirigidos a pessoas vivas e mortas para que consigam passar por problemas. Lembra um pouco a missa católica, só que com mantras e mantras sendo repetidos e fazendo um som totalmente estranho e até místico.

Depois, disso, eu ainda entrevistei mais duas pessoas que estavam participando da prática, inclusive o que havia conduzido ela ao lado da Eliane, o Cláudio Martins. Ele falava tão devagar e tão calmo, que eu fiquei surpresa.

Resumidamente, foi isso. A única coisa que eu lamentei foi não ter ido até a lagoa (eles fazem divisa com a lagoa do Zoobotânico). O cenário deve ser lindo.
Liv

domingo, 22 de junho de 2008

dó-ré-mi



Minha relação com Beirut é bem bonita. Não que eu entenda de música e vá traçar o histórico da banda, suas influências e vertentes ou teorizar.



Acho que foi com a banda que realmente me decidi pelo folk e, em última análise, pelo canto. Não, não é uma profissão, mas eu tento tratar com reservada seriedade. É aí que a exemplar voz do Zach aparece na história, antes mesmo de Nantes, com o After The Curtain e a Rhineland: a voz dele ecoava firme; depois o vejo cantar Hallelujah trêbado e sem vergonha de errar.



Então já em 2008 eu conheço a Blogotheque e seus geniais Concerts a Emporter (take away shows). Esses vídeos deixam claro o que quase ninguém quer ver, são só pessoas que acordam com bafo e desarrumadas, são uns malucos que optaram pelo sofrimento de ganhar dinheiro com música, que dão realmente duro e quiçá dão certo. Minto, é só uma proposta menos formal de clipes. Percebi: não é só o estúdio que faz Beirut fascinante, eles fazem ao vivo, cada nota é real, o baterista é feio de verdade - não é só pose - e o pessoal da banda capricha nos ensaios.



Depois do Gulak, que era um pouco difícil no começo, o Flying Cup é decisivo. São parte integrante do meu sistema auditivo afetivo. Quando ouço é uma emoção boa e até dançante, uma vontade de viajar, voltar a tocar violino e uma singela e misteriosa homesick. Talvez pra outras pessoas não seja exatamente assim, o que não me importa nem um pouco.



Alegrem-se,

Beirut tem myspace.



/alencar

terça-feira, 3 de junho de 2008

Professor Murder

Seguindo a prerrogativa da Lívia, vou recomendar alguma coisa hoje. Afinal, não posso deixar meu filhote abandonado. Tenho que atualizar o Volúpias também, né? ^^

Uma banda que tenho ouvido muito é Professor Murder. Ela se encaixa na categoria de bandas que chamo de "músicas que o Alencar me passa". Ora, se ele, com todos seus magníficos blogs de música, conhece mil músicas e me passa, melhor pra mim que não vou ter trabalho - preguiçosa-mor - e que vou distribuir as músicas, fazendo mais pessoas felizes! ^^

Voltando a banda! =D Professor Murder quarteto nova-iorquino que usa mixagens sintetizadas e composições baseadas na percurssão. Enquadram eles entre o post-punk e o new wave mas eu odeio essas definições paiosas limitadoras *discurso pós-moderno on*.

Recomendo o EP Professor Murder Rides The Subway. MUITO DIVERTIDO! Ouçam Pedigree e Free Stress Test até que as orelhas de vocês comecem a sangrar!!!!

Segue o My Space deles!
www.myspace.com/pmurdermusic

terça-feira, 27 de maio de 2008

Pay attention!


Então. Como faz tempo que ninguém atualiza isso aqui, e eu estou tentando criar vergonha na cara para fazer isso, embora uma pequena crise de inspiração não permita muita coisa. Como não vem nenhum texto realmente legal na minha mente, então, estou aqui para fazer uma sugestão.

A sugestão é um seriado americando chamado "Pushing Daises". De acordo com meu irmão: mistura de Tim Burton e Amèlie Poulain. Não tenho certeza se realmente há influências desses dois ícones ( por assim dizer), mas que me lembra também, lembra.

A história de Pushing Daises é a história de um fazedor de torta, chamado Ned, que tem um dom especial: ele pode ressucitar mortos com o simples toque. Se ele tocar novamente na pessoa que ressuscitou, ela morre e dessa vez, definitivamente, por assim dizer. Se ele não tocar de novo na pessoa ressucitada dentro de um minuto, outra vida próxima é tirada. Ele descobre isso quando ressuscita a mãe e acaba matando o pai da garota Chuck, sua paixão de infância. Ao dar o beijo de boa-noite no filho, a mãe de Ned morre de novo.

Esse dom acaba sendo descoberto por uma espécia de caçador de recompensa que utiliza do dom de Ned para interrogar os mortos e saber quem os matou. E então, certa vez, Ned tem que ressuscitar a mesma garotinha que foi sua paixão de infância, a Chuck. E claro que ele não consegue matar ela de novo. O seriado então gira em torno desse amor intocável deles e das caçadas de recompensa.

Surreal, imagens incrivelmente belas e cheias de cores, um narrador ótimo, personagens ótimos, Pushing Daisies é uma comédia leve, e já é sucesso de críticas e concorreu a três indicações ao Globo de Ouro. E é fácil acompanhar: a 1ª temporada só tem 9 episódios de 40 min em média cada, e a 2ª temporada está prevista para setembro desse ano.

Então, se puder, assista. A série é da Warner Chanel, não tenho certeza do dia que passa (eu conheci a série porque um amigo baixou pela internet, na verdade), mas é só colocar no google, que ele responde.

/ Liv.

domingo, 4 de maio de 2008

WALKING AROUND

Acontece que me canso de ser homem.
Acontece que entro nas alfaiatarias e nos cinemas
murcho, impenetrável, como um cisne de feltro
navegando numa água de origem e cinza.
O cheiro das barbearias me faz chorar aos gritos.
Só quero um descanso de pedras ou de lá,
só quero não ver mais estabelecimentos nem jardins,
nem mercadorias, nem óculos, nem elevadores.
Acontece que me canso dos meus pés e das minhas unhas
e do meu cabelo e da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.
No entanto seria delicioso
assustar um notário com um lírio cortado
ou dar a morte a uma freira com um golpe de orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e dando gritos até morrer de frio.
Não quero continuar sendo raiz nas trevas,
vacilante, estendido, tiritando de sono,
para baixo, nas tripas molhadas da terra,
absorvendo e pensando, comendo cada dia.
Não quero para mim tantas desgraças.
Não quero continuar de raiz e túmulo,
de subterrâneo solitário, de adega com mortos,
transido, morrendo de pena.
Por isso a segunda-feira arde como o petróleo
quando me vê chegar com a minha cara de cárcere,
e uiva no seu transcurso como roda ferida,
e dá passos de sangue quente para a noite.
E me empurra para certos recantos, para certas casas úmidas,
para hospitais de onde os ossos saem pela janela,
para certas sapatarias com cheiro de vinagre,
para ruas horríveis como gretas.
Há pássaros cor de enxofre e horríveis intestinos
pendurados nas portas das casas que odeio
há dentaduras esquecidas numa cafeteira,
há espelhos
que deviam ter chorado de vergonha e espanto,
há guarda-chuvas por todas as partes, e venenos e umbigos.
Eu passeio com calma, com olhos, com sapatos,
com fúria, com esquecimento,
passo, cruzo escritórios e lojas de ortopedia,
e pátios onde há roupas penduradas dum arame:
cuecas, toalhas e camisas que choram
lentas lágrimas sujas.
Pablo Neruda in Residência na Terra II (1935)

Algumas pessoas já receberam esse email, e na verdade eu tava com vontade de falar das minhas crises paradigmáticas karl popperianas, mas Neruda consegue dizer o que sinto bem melhor que eu! ^^'

Natasha


terça-feira, 22 de abril de 2008

Com um pouco de purpurina.


Show do Montage. Pra quem não conhece, essa banda de electro punk é composta por dois caras de Fortaleza, o Daniel Peixoto e o Leco Juca. Muito bom. O show deles que aconteceu no último sábado foi o máximo, apesar dos contratempos no início da festa (esses de total responsabilidade do Murphy, lógico). Daniel Peixoto A-R-R-A-S-A. Tesão, pirei.

E como se não bastasse eles terem cantado "Ode to my pills" duas vezes, ainda consegui tirar fotos com o Dani e o Leco (eu ia colocá-las aqui, mas não me passaram yet). Ganhei um beijo e um convite pra ir pro boemia, onde eles vão discotecar.

Então, eu bem que queria ir, mas a grana está curta. Eu recomendo Montage, se ninguém aqui é fresco (a Natasha é, e eu tenho alguma desconfiança de que ou ela nem conhece a banda ou não gosta). Show super animado, super cômico. Simplesmente demais. Ahazou, gente.

Obs: o cara da foto é o Daniel Peixoto, vocalista.

domingo, 30 de março de 2008

sábado, 15 de março de 2008

Fotos - 1º ensaio xD








Então. Fotos do meu 1º ensaio. Tema era Arquitetura em Teresina. [acredite tinha coisa pior]
[ficou borrado ¬¬]

by Liv.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

É uma situação em particular. Você volta pra casa por um tempo. Os desenhos na parede do seu quarto. Todos continuam lá. Sua mãe ainda dá bons conselhos. Seu pai esquece a barba crescida. O porão não te assusta mais. Você já é grande demais pra se esconder no armário. Seus antigos vizinhos se mudaram, mas as assinaturas que deixaram na àrvore do jardim permanecem. Então, no fim da tarde - com uma estranha sensação de ouvir os gritos das brincadeiras lá fora - você imagina como você era naquela época e finalmente se dá conta que perdeu o modo que costumava sentir as coisas. E nesse ritmo, essa amnésia quase injusta sempre vence a corrida.

Provavelmente alguém restou, deixado pra trás. O nome dele é Abílio. Uma cena constrangedora. Seus olhares se cruzam no supermercado. Ele engordou mais do que todos os outros garotos - e garotas - juntos. Atualmente trabalha numa loja de artigos de artilharia - é o que diz na logomarca da farda. Ele pode achar que a barba acobertou sua identidade, mas passar mais de 30 segundos olhando arrebataria qualquer disfarce. O plano B dele é encarar nervosamente as prateleiras de chocolates e esperar que você passe direto. É o que você faz, mas no fundo sabe que não foi a coisa certa.

(...)

talvez continue

[Especial pro Volúpias: Alencar \o/]