domingo, 29 de junho de 2008

E.... vamos relaxar.



Lá estava eu e a Natasha: na frente do Centro de Budismo Tibetano de Teresina. Eu tinha uma entrevista marcada para as 15h30min com a coordenadora de lá, a Eliane Pacheco, e a Natasha quase implorou para ir junto comigo. A primeira sensação de paz veio com a própria localização do lugar: próximo ao Zoobotânico. Lá chegava a ser frio.

De qualquer forma, a Eliane tinha saído e a empregada que nos atendeu disse que era para esperarmos no local onde as atividades do Centro aconteciam. Uma surpresa no caminho: havia dois pavões lindos e enormes lá. Eu puxei a câmera para tirar fotos.

Deixando os pavões de lado, a gente passou pelo portão que separava a casa da Eliane – provavelmente – do Centro mesmo. Tirei mais fotos da fachada. Subimos as escadas para o andar superior e, depois de tirarmos os tênis, entramos.

Fiquei boquiaberta. Minha surpresa e a da Natasha indicavam que não esperávamos aquilo. Era tudo muito organizado, muito vermelho, muito dourado e muito laranja. Eu me fiz a pergunta: O que eu esperava? Na verdade, eu não tinha muitas expectativas. Pensei achar algo sem graça, um local com algumas coisinhas e nada mais. Não sei bem o porquê. Mas de qualquer forma, o que achei lá dentro me surpreendeu.

Imagens de Buda espalhado pelas paredes, um altar ricamente decorado. E tudo organizado e colorido. O local não é grandioso, mas eu imaginava algo pior. Talvez uma sala com algumas almofadas espalhadas no chão, com uma parede com um ou dois quadros, uma mesa com estatuetas representando Buda. Estupidez minha ter pensado isso, admito.

Passamos um bom tempo até a hora em que alguém chegou. E não era a Eliane. Era um homem e ele trazia um aparelho de som e um livro. E quando eu olhei para a hora: 16h. Ia começar a meditação, e nada da Eliane chegar. Bem, não havia problema. Eu tinha ido lá e a Natasha também para ver todas as atividades do dia (eram só três, na verdade) e claro que participamos da meditação (ou pelo menos, tentamos) e em seguida, embora não tenhamos discutido, ouvimos de bom grado a leitura de um capítulo de um livro budista que eles já estavam trabalhando há algum tempo.

Foi nessa hora que a Eliane chegou. Na verdade, eu não sabia que era ela, mas suspeitei. Bem, depois o Paulo (que havia conduzido a meditação) confirmou que era ela. E quando acabou a leitura, eu fui conversar com ela.

A entrevista foi muito agradável. Eliane era muito simpática. Muito mesmo. Adorei conversar com ela, e depois a Natasha me disse que adorou também. Na verdade, todo mundo ali passava uma clama e serenidade sem tamanho. E eu não esperava nada menos de quem segue a filosofia budista.

Enquanto a entrevista rolava, pessoas chegavam para a próxima atividade, a “Prática da Tara Vermelha”, que serve, de acordo com a Eliane, para a desobstrução de obstáculos. Orações e mantras dirigidos a pessoas vivas e mortas para que consigam passar por problemas. Lembra um pouco a missa católica, só que com mantras e mantras sendo repetidos e fazendo um som totalmente estranho e até místico.

Depois, disso, eu ainda entrevistei mais duas pessoas que estavam participando da prática, inclusive o que havia conduzido ela ao lado da Eliane, o Cláudio Martins. Ele falava tão devagar e tão calmo, que eu fiquei surpresa.

Resumidamente, foi isso. A única coisa que eu lamentei foi não ter ido até a lagoa (eles fazem divisa com a lagoa do Zoobotânico). O cenário deve ser lindo.
Liv

domingo, 22 de junho de 2008

dó-ré-mi



Minha relação com Beirut é bem bonita. Não que eu entenda de música e vá traçar o histórico da banda, suas influências e vertentes ou teorizar.



Acho que foi com a banda que realmente me decidi pelo folk e, em última análise, pelo canto. Não, não é uma profissão, mas eu tento tratar com reservada seriedade. É aí que a exemplar voz do Zach aparece na história, antes mesmo de Nantes, com o After The Curtain e a Rhineland: a voz dele ecoava firme; depois o vejo cantar Hallelujah trêbado e sem vergonha de errar.



Então já em 2008 eu conheço a Blogotheque e seus geniais Concerts a Emporter (take away shows). Esses vídeos deixam claro o que quase ninguém quer ver, são só pessoas que acordam com bafo e desarrumadas, são uns malucos que optaram pelo sofrimento de ganhar dinheiro com música, que dão realmente duro e quiçá dão certo. Minto, é só uma proposta menos formal de clipes. Percebi: não é só o estúdio que faz Beirut fascinante, eles fazem ao vivo, cada nota é real, o baterista é feio de verdade - não é só pose - e o pessoal da banda capricha nos ensaios.



Depois do Gulak, que era um pouco difícil no começo, o Flying Cup é decisivo. São parte integrante do meu sistema auditivo afetivo. Quando ouço é uma emoção boa e até dançante, uma vontade de viajar, voltar a tocar violino e uma singela e misteriosa homesick. Talvez pra outras pessoas não seja exatamente assim, o que não me importa nem um pouco.



Alegrem-se,

Beirut tem myspace.



/alencar

terça-feira, 3 de junho de 2008

Professor Murder

Seguindo a prerrogativa da Lívia, vou recomendar alguma coisa hoje. Afinal, não posso deixar meu filhote abandonado. Tenho que atualizar o Volúpias também, né? ^^

Uma banda que tenho ouvido muito é Professor Murder. Ela se encaixa na categoria de bandas que chamo de "músicas que o Alencar me passa". Ora, se ele, com todos seus magníficos blogs de música, conhece mil músicas e me passa, melhor pra mim que não vou ter trabalho - preguiçosa-mor - e que vou distribuir as músicas, fazendo mais pessoas felizes! ^^

Voltando a banda! =D Professor Murder quarteto nova-iorquino que usa mixagens sintetizadas e composições baseadas na percurssão. Enquadram eles entre o post-punk e o new wave mas eu odeio essas definições paiosas limitadoras *discurso pós-moderno on*.

Recomendo o EP Professor Murder Rides The Subway. MUITO DIVERTIDO! Ouçam Pedigree e Free Stress Test até que as orelhas de vocês comecem a sangrar!!!!

Segue o My Space deles!
www.myspace.com/pmurdermusic