sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Querido Papai Noel,


esse ano eu serei egoísta. Deixo para a Miss Universo pedir a paz mundial; para a Angelina Jolie fazer caridade na África, para o Greenpeace e para o Al Gore (ou sei lá como se escreve o nome dele) a luta contra o aquecimento global. O que eu quero é bem mais simples, não precisa da conscientização da população mundial, nem nada tão grande e impossível assim.

Eu quero as 30 músicas que o pessoal do Rammstein está produzindo para o novo cd (que promete ser o mais pesado e o mais foda da carreira deles, yeah!). Vai, não é muita coisa, Noel... Se você entra em lareiras com toda essa sua obesidade, você consegue facinho entrar no estúdio deles, não? Se o Tom Cruise consegue uma Missão Impossível, você também pode. Afinal, entregar presentes pelo mundo todo numa madrugada apenas É uma missão impossível. Ou não também, partindo do pressuposto que a maioria das pessoas são garotos/garotas maus/más e elas não devem receber presentes de acordo com a sua filosofia de vida.

Bem, eu não sou uma garota má. Acho que não, pelo menos. Eu fui boazinha esse ano, mereço um presente. E eu nem cheguei a pedir o Brad Pitt aqui. Mas se as 30 músicas for uma questão muito complicada, um outro hot guy não-Brad Pitt serve também. E esse foi um comentário muito.... encalhada, pra se dizer.

Eu podia fazer uma lista bem maior e bem mais complexa, se quer saber. Esses pedidos estão sendo até... humildes, para se pedir. Tem gente que pede coisa muito pior, viu? A dominação do mundo, por exemplo. Nunca quis o mundo. Talvez uma vez. Mas eu admito que isso foi uma fase megalomaníaca e psicótica demais da minha vida. E eu acho que me livrei dela. Eu espero, pelo menos.

Ok, parei. Então, vai anotando aí: primeira opção, 30 músicas do Rammstein - e é bom deixar claro que eu quero essas músicas NESSE Natal -, segunda opção, um cara sexy. Mas ainda acho que se eu não colocar outras opções vou ficar sem presente esse ano... Então, vou facilitar as coisas para você: eu aceito o dvd original Völkerball do Rammstein (ah, vai, é fácil! Tem nas lojas!), ou o último livro do Harry Potter, ou algum livro do Neil Gaimann, ou da Anne Rice. Sem envolver dinheiro? Ok. Eu adoraria passar o Natal com meus amigos pra variar um pouco.

Acho que é só.Viu como eu sou uma ótima pessoa?
Falô. E Feliz Natal pra você também!
Liv

PS: agora só vou esperar que os presentes cheguem.

domingo, 2 de dezembro de 2007

A sorte de Marcela

A noite estava muito bonita naquela ocasião, Marcela estava deitada em um banco de uma praça, pensando em como poderia sair da enrascada em que se metera na tarde do mesmo dia, ela havia roubado um banco, sozinha. Os dez mil reais ainda estava fresquinhos em sua mochila. Como poderia aproveitar todo aquele dinheiro se estava sendo procurada por toda a polícia local? Não ia resolver nada ficar ali deitada, pensando, ela precisava agir.

Sentou-se e pôs-se a observar o que estava acontecendo próxima a Igreja, alguns mendigos dormiam profundamente embrulhados em jornais, alguns garotos fumavam e cheiravam solventes próximos a entrada da praça, a droga parecia estar agindo neles, pois estavam rindo bem alto. Renegados incompetentes, definhando daquele jeito nunca seriam iguais a ela. Percebeu também que alguém, em uma área pouco iluminada, chorava alto e soluçava bastante. A curiosidade fez com que ela se aproximasse e perguntasse, com fingido interesse que estava ali.

Eu me chamo Camila. Estava sendo perseguida por uns homens, resolvi me esconder aqui, mas agora estou com medo de sair. Meu endereço está nessa agenda disse empurrando a agenda, Marcela poderia me ajudar a chegar lá.

Marcela sorriu com a ingenuidade da garota, que parecia ter a sua idade, mas estava vestida com belas roupas de grife e uma bolsa também de marca. Os rostos das duas eram bastante parecidos... Uma perversa idéia veio à cabeça de Marcela, por quê não botá-la em prática? Já estava enrolada mesmo.

Ela pegou sua arma e, repentinamente, atirou na cabeça de Camila, desfigurando-a e a matando quase que instantaneamente. Para sorte de Marcela, os mendigos não acordaram e os garotos pareciam não se importar com o tiro.

Marcela trocou de roupa com Camila. Trocou os documentos também. Até que as roupas de grife não lhe caíram tão mal! Além disso, quando encontrassem o corpo, pensariam que fora mais um assassinato de mendigos, fato comum naquela cidade.

“Camila”, com sua nova identidade, viveria em paz com sua família e com a justiça não deveria mais se preocupar com nada, pois a emenda lhe sairá melhor que a encomenda.

Natasha