Chega assim, sem avisar. Agonia o coração. Sufoca. Faz o corpo se contorcer, a respiração acelerar, desperta a vontade de gritar.
O grito não sai; ecoa dentro da mente. Sai pelos olhos secos, transforma-se em lágrimas. Elas correm alucinadas pela pele do rosto, vêm com um gemido de dor, chegam aos lábios trêmulos... e esse movimento se repete. E se repete por incontável pranto até então se fazer o silêncio.
A inércia se apodera dos membros, as últimas lágrimas percorrem preguiçosamente o trajeto, como se estivesse tristes por terem sido deixadas para trás.
O desespero transforma-se em apática tristeza: daquele que quer gritar, mas não tem fôlego; daquele que quer chorar, mas que já não sente. A tristeza envolve o corpo, a alma, aquieta o desespero, diz baixinho "Conforma-te".
A tristeza fica. Calma. Muda. Vazia.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Desespero.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Eu tava assim domingo passado e isso voltou a ler Bordieu...Milagre eu olhar o Volúpias ^^'
Postar um comentário