Minha relação com Beirut é bem bonita. Não que eu entenda de música e vá traçar o histórico da banda, suas influências e vertentes ou teorizar.
Acho que foi com a banda que realmente me decidi pelo folk e, em última análise, pelo canto. Não, não é uma profissão, mas eu tento tratar com reservada seriedade. É aí que a exemplar voz do Zach aparece na história, antes mesmo de Nantes, com o After The Curtain e a Rhineland: a voz dele ecoava firme; depois o vejo cantar Hallelujah trêbado e sem vergonha de errar.
Então já em 2008 eu conheço a Blogotheque e seus geniais Concerts a Emporter (take away shows). Esses vídeos deixam claro o que quase ninguém quer ver, são só pessoas que acordam com bafo e desarrumadas, são uns malucos que optaram pelo sofrimento de ganhar dinheiro com música, que dão realmente duro e quiçá dão certo. Minto, é só uma proposta menos formal de clipes. Percebi: não é só o estúdio que faz Beirut fascinante, eles fazem ao vivo, cada nota é real, o baterista é feio de verdade - não é só pose - e o pessoal da banda capricha nos ensaios.
Depois do Gulak, que era um pouco difícil no começo, o Flying Cup é decisivo. São parte integrante do meu sistema auditivo afetivo. Quando ouço é uma emoção boa e até dançante, uma vontade de viajar, voltar a tocar violino e uma singela e misteriosa homesick. Talvez pra outras pessoas não seja exatamente assim, o que não me importa nem um pouco.
Alegrem-se,
Beirut tem myspace.
/alencar
2 comentários:
Adorei o texto! Aliás, ele não estaria aí se não fosse por mim! ;) Beirut é luz!
Beirut é otimo mesmo! xD
Lívia
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