sábado, 28 de fevereiro de 2009

Sobre um vício.


Eu sei por que me sinto tão angustiada quando não consigo escrever: escrever é o exorcismo dos meus demônios. Como se fosse o suficiente para me livrar deles. E às vezes isso realmente acontece. Escrever é meu cigarro, é minha droga, é meu desabafo. Quando ofereço minhas palavras e ninguém as lê, sinto-me como o amigo que procura se abrir com o outro e é rejeitado.

Empresto minhas emoções a personagens, empresto a eles meus vários eus e os disfarço com características que os tornam meros personagens. Mas no meu diário, lá estão eles (meus eus, não os personagens), sem disfarces. Puramente eu. Transcrita em páginas pautadas de caderno comum.

Uma caneta, um pedaço de papel, um pouco de inspiração ou às vezes nada dela: minha terapia, meu divã, meu ópio.


Liv.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Estamos ancorados. A terceira pessoa do plural é pra não me sentir muito só no fundo do oceano. Não queria falar em ondas, mas seria o mesmo que falar em destino, em metas, em sonhos ou caminhadas. Ondas são mais azuis, mais espumantes e se encaixam melhor nesse parágrafo.


Nossos cabelos vão sendo aos poucos levados pelas ondas. Muito mais também, inevitavelmente, irá. Nossa pele, tão morta que se desprende, ainda que uma parte se renove para depois seguir, livre no oceano.


O nó na corda é mais uma metáfora, refém desse contexto, que agora dele não dá pra fugir. Também o que nos prende - me acompanhe mais uma vez - se desfaz. Lentamente ou não, depende da vontade, e antes disso da consciência de vontade.


Uma vez desamarrados, com um pouco de ar, a natureza ajuda. Emergir, uma aventura perspicaz. Da terra ao céu, o vento não é onda, a gravidade não é mar. A âncora invisível.


“Que peso é esse que nos impede de voar?”


***




Sem erro de continuidade, um trabalho da britâniza Zena Holloway. =)


http://www.zenaholloway.com/zena.html





/alencar

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Give just one more dance.

Dançar resolve todos os problemas.
Triste ou alegre, ligo o som e tudo some; só o que importa é dançar, dançar, dançar, dançar.

E nem me importo com a ressaca nos pés depois.

Liv.

sábado, 7 de fevereiro de 2009




Seguindo a vibe de trabalhos artísticos de artistas, escolhi para esse post uma artista do grafite: Cali Rezo. Gosto muito dos trabalhos dela, porque parecem pinturas! E esses olhos são tão expressivos e incríveis. Adoro olhos grandes como os da Lívia! ^^ As imagens acima chamam-se Graces, Calligraphie e Angry respectivamente.

Enjoy it!

Natasha