terça-feira, 5 de maio de 2009

Nem ouvi a porta bater

Doloroso não é quando batem a porta na nossa cara e sim quando saímos silenciosamente da vida das pessoas e nem ouvimos a porta bater. E sinto que estou lentamente saindo da vida das pessoas que costumavam ser importante para a minha vida.

Não que este seja um ato consciente ou volitivo, mas já não caibo nos lugares onde costumava caber. Já não consigo manter as mesmas conversas e rir falsamente para o que eu nem sempre gosto ou concordo. Fingir está cada vez mais difícil e a sociabilidade me é misteriosa. Não entendo como eu costumava ser tão simpática. Não sei o que há comigo.

E aquela vontade doentia e constante de me conectar jaz perdida e não consigo encontrá-la. Escrevo cartas curtas e nem sempre tão reais. Não que eu escreva por conveniência. Não. Mas não há muito há ser escrito. Cansei de falar de mim. Cansei de falar de mim. Não entendo como ainda encontra-se ternura e carinho em minhas missivas.

Se eu pudesse voltar o tempo, eu trancaria todas as portas e jogaria as chaves fora para ninguém sair da minha vida. Mas não é assim que a vida funciona. A dialeticidade da história traz e leva as pessoas como as ondas do mar. E ninguém deve ser obrigado a aguentar as fases da lua.

Natasha

2 comentários:

Alencar disse...

O nome do programa é Saia Justa, Natasha. Lá, mulheres que já posaram nuas, foram demitidas do sbt, doutoras em filosofia, enfim, encontram um cantinho de sofá para esbanjar inteligência. Sei...

Me lembrei da idéia do círculo e da reta. E, claro, das pessoas que simplesmente nasceram para serem infelizes...

o.o

Volúpias Celestiais disse...

Ow meu be,m i.i Fica assim n.
Eu num saio da tua vida nem q tu queira xDDDDDDDDDDDD