sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sobre um cretino.

Ele ergueu o olhar para ela. Parecia irritado, irônico, desapontado. Era um olhar de quem se cansara de se importar. Ela conseguira deixá-lo insensível: já não se preocupava mais se iria machucá-la (quando ele tentou de tudo para saber como evitar isso), ou com os sentimentos dela. Não se importava mais se ela o amava ou não, ou se ele não a correspondia. A garota conseguira com ele ligasse o "Foda-se" para valer.
O rapaz a viu se distanciando e continuou parado, de pé. Levou o cigarro aos lábios e abaixou a cabeça enquanto o acendia. Só então, levantou o olhar novamente para a loira que descia as escadas, arrastando a mala.
- Cuidado para não cair da escada. - ele disse com descaso, ao expirar a fumaça pelos lábios, erguendo ligeiramente o queixo. Seu olhar exibia uma completa indiferença. O rapaz não se deu ao trabalho de ficar ali para ouvir uma resposta. Simplesmente, virou as costas e saiu dali. Ela queria que ele agisse como um filho da puta? Conseguira. Ele seria um maldito filho da puta então.

4 comentários:

Volúpias Celestiais disse...

Stan

toltti disse...

somos todos grandes filhos da puta, em vários momentos e de várias maneiras.

os finais e as despedidas, no entanto, é que marcam a nossa capacidade de ser o pior tipo de pessoa possível.

Liv. disse...

stan mesmo, natasha xD Tava escrevendo com a adi quando essa cena veio na cabeça. xD

Georgiana disse...

É fato que o fim nos torna uns filhos da puta mesmo.
Pra os outros e acho que muito mais a nós mesmos.