O motivo para passar apenas 7 horas em João Pessoa? Uma visita rápida a duas amigas. Com um endereço rabiscado à mão num pedaço de papel qualquer (o primeiro que achei), fomos atrás de um táxi.
O único taxista que sabia onde ficava a rua era um senhor pra lá dos seus 60 anos e o carro era tão antigo que eu imaginei que ele daria no prego no primeiro sinal. Capas de bolinha de madeira cobriam os bancos da frente; no painel, um ventiladorzinho antigo, e o taxímetro acoplado começou a contar a viagem. O senhor apontava cada coisa de João Pessoa à medida que passávamos por ela: “Ali é o Teatro Santa Roza”, “Ali é o prédio do Correios e Telégrafos”, “Ali é a rua do amor... Olha ali, aquela menina diferente...”. 48 anos de táxi, ele disse. Porém, o endereço não era distante o suficiente para 48 anos de estórias.
Descemos na casa de uma das amigas. Ela me recebeu com um sorriso largo e um abraço apertado de amigos que não se viam há anos, quando na verdade, sequer nos conhecíamos pessoalmente. Cinco anos de amizade e talvez minha tagarelice não permitiram que a estranheza pela situação tomasse lugar. Foi a mesma coisa quando a outra amiga chegou.
Tínhamos 7 horas para fazer algo juntos e o itinerário não foi longo, tampouco complicado: pegamos um ônibus pra ir para praia (com direito à narração turística por parte da arquiteta do grupo). A chuva, que poderia indicar um dia arruinado, se tornou figurante. Na verdade, rendeu risadas por causa de um certo guarda-chuva teimoso.
O único taxista que sabia onde ficava a rua era um senhor pra lá dos seus 60 anos e o carro era tão antigo que eu imaginei que ele daria no prego no primeiro sinal. Capas de bolinha de madeira cobriam os bancos da frente; no painel, um ventiladorzinho antigo, e o taxímetro acoplado começou a contar a viagem. O senhor apontava cada coisa de João Pessoa à medida que passávamos por ela: “Ali é o Teatro Santa Roza”, “Ali é o prédio do Correios e Telégrafos”, “Ali é a rua do amor... Olha ali, aquela menina diferente...”. 48 anos de táxi, ele disse. Porém, o endereço não era distante o suficiente para 48 anos de estórias.
Descemos na casa de uma das amigas. Ela me recebeu com um sorriso largo e um abraço apertado de amigos que não se viam há anos, quando na verdade, sequer nos conhecíamos pessoalmente. Cinco anos de amizade e talvez minha tagarelice não permitiram que a estranheza pela situação tomasse lugar. Foi a mesma coisa quando a outra amiga chegou.
Tínhamos 7 horas para fazer algo juntos e o itinerário não foi longo, tampouco complicado: pegamos um ônibus pra ir para praia (com direito à narração turística por parte da arquiteta do grupo). A chuva, que poderia indicar um dia arruinado, se tornou figurante. Na verdade, rendeu risadas por causa de um certo guarda-chuva teimoso.
Três rodadas (ou quatro?) de caipirinhas e caipiroska e a conclusão foi que todas “fazíamos” a seleção da Alemanha, exceto por um jogador. A polêmica foi se fazíamos a equipe técnica ou não. O garçom achou graça. Nós também achamos, garçom. Mas o nosso tempo era contado, então não nos prolongamos no assunto, ainda tínhamos que tirar fotos e só faltava uma hora e meia para o horário em que eu deveria entrar no ônibus.
Passou rápido. Voando, na verdade. Quase chego atrasada. E cheguei bêbada. O momento de despedida não foi triste, foi nostálgico. Abraços e abraços. E fotos e mais fotos. Bêbada, eu entrei no ônibus, bêbada, eu tive um acesso de riso sozinha, olhando pela janela, pensando que tudo pareceu bem mais - e ao mesmo tempo bem - menos que 7 horas de estadia em João Pessoa.